Depois de um dia de trabalho a empobrecer alegremente na minha pequena agricultura, repouso um pouca no sofá. Penso no futuro que a meu ver, não se perspectiva nada risonho. Os horizontes vislumbram-se bastante negros e apreensivos para nós e em especial para os nossos filhos. O presente, a todos nos começa a asfixiar economicamente. O cinto começa a ter poucos furos para alguns e para uma grande maioria já não tem furos para apertar. Já fomos uma geração vencedora, libertadora, uma geração que lutou pela paz, justiça e pela solidariedade. Teremos mais uma vez que ganhar protagonismo. Unidos, com imaginação, trabalho, dedicação, honestidade e solidariedade venceremos a Batalha.
Continuando no sofá como fonte de inspiração, eis que mergulho no final 1973 e nadei até ao início de 75. Recordo a chegada a Luanda, debaixo de um calor intenso e húmido, que em poucos minutos nos ensopou a roupa do corpo. Recordo o Grafanil que nos acolheu temporariamente, a Baía e ilha de Luanda, Bares e Esplanadas, o Trópico, Polo Norte, avenida dos Combatentes e a praça da Mutamba.
As imagens que seguem, mostram Luanda e Grafanil. Não são muito boas mas dão para recordar.
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